segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O lixo nosso de cada dia: o árduo e valoroso trabalho dos coletores

*Elecir Ribeiro Arce
Com o crescimento das cidades o lixo tornou-se um problema para os aglomerados urbanos e um desafio para autoridades públicas, empresas e organizações não governamentais que se preocupam com o problema. A verdade é que o homem, tanto o citadino como o rural, produz muito lixo e nem sempre sabe dar o destino adequado para seus resíduos “imprestáveis”. Quando armazenados inadequadamente ou deixados à revelia em qualquer lugar o lixo pode resultar em problemas ambientais graves e de ameaça à saúde pública. Porém quando conduzido corretamente, agride menos o meio ambiente e pode se transformar em fonte de renda. 
O homem sempre produziu lixo, porém o homem “moderno” é muito lixento e às vezes relaxado por não dar um destino adequado para seus restos. Quanto mais consumista, mais lixo ele produz. Vale a pena refletir sobre a situação, afinal o problema é nosso. Que tal começar a reflexão começando pela nossa casa, a escola, o bairro e a cidade. O que estamos fazendo para amenizar esse grande imbróglio a qual se metemos? Produzimos diariamente em nossa cidade uma média de um quilo de lixo por dia por pessoa. Essa média está abaixo da nacional que gira em torno de 1,5 quilo por pessoa. Se continuarmos nesse ritmo vamos esgotar rapidamente as condições da natureza absorver tanto lixo, levando ao limite a capacidade de nosso planeta.
Veja bem como o problema é preocupante, só os moradores de Dourados produzem mais de 200 mil quilos de lixo por dia. Imagine a “montanha” que se forma diariamente com o lixo que sai de nossas casas, lojas, indústrias, escritórios e órgãos públicos. Agora, reflita com calma o que aconteceria com a cidade e seus moradores se o lixo não fosse recolhido com frequência. Pense no cheiro desagradável, nos insetos, roedores e nas doenças consequentes do lixo a céu aberto. Para não tornarmos vítimas do nosso próprio lixo que as cidades são obrigadas a construir aterros sanitários adequados para armazená-los com segurança.
Vale lembrar que nem todo lixo produzido diariamente pelo douradense vai para o aterro sanitário. Ainda temos problemas com a queima doméstica e lixões clandestinos, moradores inconsequentes, à margem da lei, costumam se livrar dos seus resíduos ateando fogo ou jogando nos lixões clandestinos espalhados por vários pontos da cidade. A solução para esses problemas cabe à população, portanto, vamos exigir das autoridades constituídas que os resolvam.
O lixo nosso de cada dia dá um trabalhão danado até chegar ao destino final. A coleta é um trabalho árduo e insalubre, o catador além de paramentado com roupas, calçados, luvas e chapéu adequados tem que estar bem preparado fisicamente para aguentar uma jornada diária correndo atrás do caminhão coletor recolhendo sacos de lixo pela cidade. Imagine a cidade sem os garis, seria um caos. A empresa que coleta o lixo na cidade de Dourados emprega 80 coletores, são esses trabalhadores os responsáveis pela coleta do lixo em nossas casas e nas empresas. 
Na maioria das vezes os garis são trabalhadores quase invisíveis, muitos só percebem sua importância quando o lixo fica acumulado na calçada causando transtornos. Imagina a cidade sem esses coletores. Nesse ponto temos que agradecer aos indígenas, afinal eles compõe 99% dos garis de Dourados. Tidos por muitos como seres imprestáveis (bêbados e preguiçosos), são eles que passam em frente nossas residências e estabelecimentos empresariais recolhendo os restos de comida, papel, plástico, enfim tudo aquilo que não serve mais. O lixo coletado por eles vai para o aterro sanitário localizado na zona rural do município, próximo do distrito industrial e sua vida útil se esgota em menos de vinte anos. Sem o aterro e sem os indígenas a cidade pode entrar em colapso.
*Professor da Rede Estadual de Ensino (MS) e-mail: ribeiroarce@gmail.com

terça-feira, 13 de junho de 2017

O lixo numa perspectiva histórico sociológica - História - Prof Ribeiro

A oficina proposta para ser desenvolvida junto aos primeiros anos do Ensino Médio da Escola Estadual Ministro João Paulo dos Reis Veloso é “O lixo numa perspectiva histórico sociológica: a produção e destinação do lixo no meio urbano douradense”, e tem como objetivo levantar uma reflexão acerca da produção e destinação do lixo urbano e rural na cidade de Dourados/MS.

Cartilha do Lixo.

Links de documentários para assistir:

Um Novo Olhar Sobre os Coletores de Lixo








quinta-feira, 4 de agosto de 2016

segunda-feira, 6 de junho de 2016